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Compreendendo os movimentos filosóficos

Ao longo da história, surgiram vários movimentos filosóficos, cada um com sua perspectiva única sobre a vida, a existência, o conhecimento, os valores, a razão, a mente e a linguagem. Estes movimentos abordam questões fundamentais sobre a natureza da realidade, a capacidade de saber qualquer coisa e os padrões pelos quais vivemos. Nesta lição, exploraremos alguns dos principais movimentos filosóficos, seus princípios fundamentais e seu significado.

Filosofia Pré-socrática

A filosofia pré-socrática marca o início do pensamento filosófico no mundo ocidental. Esses primeiros pensadores, ativos antes de Sócrates, preocupavam-se principalmente em compreender o cosmos e a natureza do universo. Buscavam explicações racionais para os fenômenos naturais, afastando-se das interpretações mitológicas. Figuras proeminentes incluem Tales, que acreditava que a água era a substância fundamental do mundo, e Heráclito, conhecido por sua doutrina de que tudo está em estado de fluxo constante, resumida como "Você não pode entrar duas vezes no mesmo rio".

Filosofia Socrática

A filosofia socrática, em homenagem a Sócrates, concentra-se nas questões éticas e no exame da vida moral. Sócrates utilizou um método de investigação conhecido como método socrático, envolvendo um diálogo de perguntas e respostas para estimular o pensamento crítico e iluminar ideias. Sócrates afirmou a famosa afirmação de que “A vida não examinada não vale a pena ser vivida”, enfatizando a importância do autoconhecimento e da integridade pessoal.

Platonismo

O platonismo, fundado por Platão, aluno de Sócrates, introduz a teoria das formas. De acordo com o platonismo, além do nosso mundo empírico existe um reino de formas ou ideias perfeitas e imutáveis, das quais os objetos que percebemos são meras sombras ou cópias. Por exemplo, o conceito de círculo, com a sua redondeza perfeita, existe no domínio das formas, enquanto qualquer círculo desenhado no mundo físico é apenas uma representação imperfeita desta forma ideal.

Aristotelismo

O aristotelismo é a filosofia de Aristóteles, aluno de Platão. O trabalho de Aristóteles abrange vários campos, incluindo metafísica, ética, política e lógica. Ao contrário de Platão, Aristóteles concentrou-se mais na observação empírica e acreditava que a essência dos objetos poderia ser encontrada nos próprios objetos, e não num reino separado de formas. Ele introduziu o conceito de quatro causas para explicar por que as coisas existem ou acontecem: causa material, formal, eficiente e final. Por exemplo, ao fazer uma estátua, o bronze é a causa material, a forma da estátua é a causa formal, a ação do escultor é a causa eficiente e o seu propósito (por exemplo, decoração) é a causa final.

Estoicismo

O estoicismo é uma filosofia helenística fundada por Zenão de Cítio, focada na ética pessoal informada por seu sistema de lógica e visões sobre o mundo natural. Os estóicos acreditam em viver em harmonia com a ordem racional do universo, enfatizando virtudes como sabedoria, coragem, justiça e temperança. Eles defendem a fortaleza mental contra o sofrimento emocional e a aceitação dos acontecimentos à medida que ocorrem, considerando-os determinados pela ordem natural.

Escolástica

A escolástica é uma filosofia europeia medieval que procurou reconciliar a teologia cristã com a filosofia clássica, particularmente a de Aristóteles. Figuras-chave incluem Tomás de Aquino e Anselmo de Canterbury. Os pensadores escolásticos empregaram um raciocínio dialético rigoroso para explorar questões teológicas e filosóficas. Tomás de Aquino, por exemplo, formulou os Cinco Caminhos, argumentos lógicos para a existência de Deus, que incluem o argumento do movimento, da causalidade, da contingência, do grau e da causa final ou telos.

Existencialismo

O existencialismo é uma filosofia dos séculos 19 e 20 que se concentra na liberdade, escolha e existência individual. Postula que os indivíduos são agentes livres e responsáveis, determinando seu desenvolvimento por meio de atos de vontade. Os principais pensadores existencialistas incluem Søren Kierkegaard, Jean-Paul Sartre e Friedrich Nietzsche. A afirmação de Sartre “A existência precede a essência” encapsula a visão existencialista de que os humanos primeiro existem, encontram-se e emergem no mundo, para depois definirem a sua essência.

Empirismo e Racionalismo

O Empirismo e o Racionalismo são duas perspectivas filosóficas modernas sobre a origem e a natureza do conhecimento humano. O empirismo, associado a filósofos como John Locke, David Hume e George Berkeley, argumenta que o conhecimento vem principalmente da experiência sensorial. Em contraste, o Racionalismo, representado por René Descartes, Baruch Spinoza e Gottfried Wilhelm Leibniz, sustenta que a razão e a dedução são as fontes primárias de conhecimento e que certos conceitos e ideias são inatos.

Pragmatismo

O pragmatismo é uma tradição filosófica americana que se originou no final do século 19 com Charles Sanders Peirce, William James e John Dewey. O seu princípio fundamental é que a verdade de uma ideia é determinada pelos seus efeitos práticos e pela sua utilidade na resolução de problemas. Os pragmatistas enfatizam uma abordagem voltada para o futuro e de resolução de problemas para questões filosóficas, vendo o conhecimento como algo evolutivo em vez de fixo e enfatizando o papel da experiência na formação da realidade.

Conclusão

Esta lição ofereceu uma breve visão geral de alguns dos principais movimentos filosóficos ao longo da história, cada um contribuindo para a nossa compreensão do mundo e do nosso lugar nele. Das investigações metafísicas dos pré-socráticos às questões existenciais dos pensadores modernos, estes movimentos refletem a diversidade e a profundidade do pensamento humano. Embora esta visão geral não seja exaustiva, ela destaca a evolução da investigação filosófica e a busca duradoura para compreender a essência da realidade, do conhecimento e da boa vida.

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